Você sabe o que significa logística reversa? Também conhecida como logística inversa, a logística reversa é a área da logística que cuida do processo de descarte e retorno de materiais para o processo produtivo da indústria. No Brasil, a separação de lixo orgânico e reciclável ainda é um desafio, então, imagine introduzir o conceito em domicílios? Com o crescente aumento do consumo, a iniciativa se apresenta como solução de economia circular para unir esforços e tentar minimizar o impacto no meio ambiente.
Segundo a Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei nº 12.305), sancionada no Brasil em 2010, a definição do termo é “um instrumento de desenvolvimento econômico e social caracterizado por um conjunto de ações, procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e a restituição dos resíduos sólidos ao setor empresarial, para reaproveitamento, em seu ciclo ou em outros ciclos produtivos, ou outra destinação final ambientalmente adequada”.
O conceito está intimamente ligado à Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU), que definiu 17 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável como um plano de ação para melhorar a vida as pessoas e transformar o mundo.
O ODS 12 – Assegurar padrões de produção e de consumo responsáveis – tem como uma das metas a redução da geração de resíduos por meio da prevenção, redução, reciclagem e reuso.
Logística reversa no Brasil
Dados da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais mostram que, em 2018, foram geradas 79 milhões de toneladas de resíduos sólidos no país, sendo 40,5% despejado em locais inadequados. Isso demonstra não só o tamanho do desafio de se implementar a logística reversa, mas também a urgência de ações efetivas.
A Política Nacional de Resíduos Sólidos serve como guia para regulamentar o tratamento dado a diferentes tipos de resíduos, integrando poder público, iniciativa privada e sociedade civil, compartilhando a responsabilidade pelo ciclo de vida do produto, desde a extração da matéria-prima até o descarte final.
As empresas devem pensar na destinação que o usuário final dá a seu produto e fornecer opções de reinseri-lo na cadeia de produção ou dar o descarte correto.
Fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes de agrotóxicos, pilhas e baterias, pneus, óleos lubrificantes, lâmpadas e eletroeletrônicos são obrigados pela PNRS a implementarem sistemas de logística reversa após o uso pelo consumidor.
A comunicação da logística reversa
De que adianta ter um programa bem estruturado se o consumidor não é levado a se engajar e participar?
A comunicação é um dos principais desafios dos programas de logística reversa que, muitas vezes, não chegam ao conhecimento do público de interesse.
A 2ª edição do Guia de Comunicação e Sustentabilidade publicado pelo Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS), com produção da Approach e da Make Make, orienta sobre as melhores práticas para tratar do assunto no momento atual.
Nós, da Approach, também estamos prontos para ajudar a sua empresa a construir estratégias e comunicar de forma eficiente seu propósito e ações de sustentabilidade.
Exemplos de logística reversa e sua comunicação
Diversos clientes Approach mantém programas e ações de incentivo à logística reversa.
O Grupo Boticário, por exemplo, tem o maior programa de logística reversa em pontos de coleta do Brasil, com participação de todas as lojas físicas e constantes campanhas de engajamento do consumidor a devolver as embalagens de produtos da marca.
Já a Roche Brasil, uma das principais farmacêuticas do país, mantém uma ferramenta de busca, em parceria com a eCycle, para facilitar a localização de postos de coleta para descarte de medicamentos. A empresa também está desenvolvendo outras estratégias de logística reversa para recolhimento dos resíduos e destinação correta.
Confira aqui essas e demais ações nos Relatórios de Sustentabilidade das empresas que foram desenvolvidos pela Approach.