A metodologia GRI é, sem dúvida, uma das mais amplamente empregadas em relatórios de sustentabilidade mundo afora. Definidas pela Global Reporting Initiative, uma organização internacional independente, a GRI Standards unifica indicadores para auxiliar empresas e instituições governamentais a analisarem e reportarem de forma transparente dados críticos de sustentabilidade, como impactos econômicos, ambientais e sociais.
Já comentamos aqui as cinco principais vantagens de uma empresa usar a metodologia GRI em seus relatórios, mas para que elas sejam efetivas, é preciso seguir algumas diretrizes que padronizam seu uso.
Substituindo a antiga versão de diretrizes G4, desde 2018 é a versão GRI Standards que compila as melhores práticas para o relato das informações de ESG, fornecendo uma visão abrangente da materialidade, impactos e gestão de cada um dos indicadores. Recentemente, foi lançada a versão oficial em português das Normas GRI, facilitando seu uso e entendimento por instituições brasileiras.
As empresas que quiserem usar a metodologia GRI não precisam necessariamente reportar todos os indicadores, mas sim selecionar os que forem válidos para seus temas materiais e somar aos que são considerados obrigatórios pela GRI – a relação desses últimos pode ser conferida no GRI Standards 102. O primeiro passo é optar por qual forma o relatório de sustentabilidade será elaborado:
– Essencial: com um mínimo de informações necessárias para que seja possível entender a natureza da organização, os tópicos materiais e impactos causados por eles, além de como estes são geridos.
Confira o Relatório de Sustentabilidade 2017/2018 da White Martins, feito pela Approach, como exemplo da opção Essencial.
– Abrangente: além das informações da forma Essencial, é preciso também divulgar informações adicionais sobre estratégia, ética, integridade e governança. Devem ser relatados todos os conteúdos específicos para cada tópico material coberto pela GRI Standards.
O Relatório de Sustentabilidade 2019 da Vale, feito pela Approach, é um exemplo de opção Abrangente.
As Normas GRI são inter-relacionadas e divididas em quatro séries:
– Série 100: é composta de três Normas Universais, sendo a GRI 101: Fundamentos o ponto de partida, estabelecendo os Princípios de Relato e os requisitos para elaboração de um relatório em conformidade com a GRI. É aqui que estão a alma e os princípios de um relatório GRI. Não é à toa, que ele chamado de Fundamentos (Foundation). São pedidas características como inclusão dos stakeholders, contexto da sustentabilidade, materialidade, completude, exatidão, equilíbrio, clareza, comparabilidade, confiabilidade e tempestividade.
A GRI 102: Conteúdos Gerais aponta o relato de informações sobre a organização, como perfil, ética e integridade, estratégia, governança e outros.
Já a GRI 103: Formas de Gestão será utilizada para explicar como a empresa gerencia seus tópicos materiais e respectivos impactos. Por isso, ela deve sempre acompanhar os tópicos materiais relatados nas séries 200, 300 e 400.
– Série 200: normas relacionadas a tópicos econômicos.
– Série 300: normas relacionadas a tópicos ambientais.
– Série 400: normas relacionadas a tópicos sociais.
Além disso, cada Norma possui um campo de requisitos onde são descritas as informações que devem ser relatadas para cumprir com aquele tópico.
O time de especialistas da Approach está pronto para ajudar na identificação dos tópicos que devem ser relatados por cada empresa e quais indicadores são necessários para seguir as Normas GRI. Entre em contato conosco!